Considerando a necessidade da mobilização de esforços de toda sociedade em prol da defesa e preservação da vida.
Considerando a importância de garantir aos nossos alunos uma educação de qualidade alicerçada nos pressupostos do Projeto Político Pedagógico da Escola.
Considerando em particular que o professor é um profissional que pela própria natureza de ofício lida com relações humanas.
Considerando que o cidadão-Professor também está engajado na defesa de uma sociedade menos materialista e fraterna, tendo como perspectiva a socialização dos conhecimentos acumulados pela sociedade e seu compartilhamento ao maior número de pessoas.
Por considerarmos a educação como um bem imaterial maior e não como uma mercadoria, posicionamos-nos na defesa do direito à educação de qualidade e que a mesma preserve os valores e princípios da solidariedade.
Apelamos que as escolas, através do diálogo com os sindicatos, professores, alunos, pais e toda a comunidade educativa, busquem as saídas que podem nos tirar desta crise. Sem que para isso seja preciso abrir mão da sua vocação.
Neste momento de aflição, recomendamos às direções para prestigiarem e fortalecerem seu corpo docente. Os professores precisam da escola, assim com a escola não pode existir sem o professor.
Um assunto nos preocupa, temos recebido denúncias que, embora as escolas estejam justamente preocupadas com a questão econômica, começaram a pressionar professores para realizarem tarefas de forma remota, exigindo dos professores jornada excessiva de trabalho e desconsiderando aspectos emocionais, físicos e até limitação de recursos materiais. Como resultado dessa política, presenciamos um enorme número de professores que estão sobrecarregados de trabalho, abalados com tantas cobranças, desestabilizados e em muitos casos desenvolvendo doenças emocionais.